Recentemente tivemos o DIA MUNDIAL DA FELICIDADE, e com ele surgiram diversos debates sobre a associação entre Felicidade e Consumo, culminando em uma exagerada e equivocada pressão pelo “consuma para ser feliz”, que tem sido um eixo crítico e gerador de estresse e ansiedade.

Estamos em um momento importante para o varejo tradicional. De um lado, o mercado de luxo global atinge seu recorde, e cresce de 8% a 10% em relação a 2022, atingindo 1,5 trilhões de euros em 2023, conforme relatório da bain & Company e Associação dos fabricantes Italianos de artigos de luxo. (Fonte: @mercadoeconsumo).

Na outra margem, as marcas chinesas melhoraram a qualidade de seus produtos, o custo-benefício e a confiança, e têm seu consumo aumentado em 2023 em cerca de 79,9% dos consumidores, com clientes de todas as faixas etárias, e destaque para as gerações pós 1990 (Fonte: Exame, maio de 2023).

Estaríamos vivendo a polarização do consumo, com um consumidor mais interessado nos extremos? Pode fazer sentido. O caminho do meio costuma não ser o melhor lugar.

O segmento do luxo atrai um consumidor mais jovem, mais politizado, que se interessa por propósito, significados e impacto, que são em geral temas bem conduzidos pelas marcas premium.

Do outro lado, as Chinesas atraem um consumidor mais interessado no “mais por menos”.

E temos ainda outros novos hábitos e comportamentos que acuam o varejo tradicional, tais como o segmento “second hand” como os brechós, sites de vendas de usados e as lojas de aluguéis– roupas, sapatos, acessórios, e até semi-jóias.

Sim. são e ainda virão muitas mudanças por aí.

Ao varejo tradicional minha sugestão seria o título desse texto.

Foco no cliente! Foco no SEU CLIENTE!

Conheça e se relacione com ele de formas inéditas e interessadas. Saia dos limites, das métricas e do seu escopo atual.

Traga seu cliente para sua loja por causas e não por vendas. Engaje-os em seu propósito.

Descubra o que, quando e como ele se sente FELIZ.

Qual é o código que te dá acesso a esse lugar na vida dele?

A palavra é relacionamento.

Mas a forma de se relacionar é que precisará ir além do WhatsApp. Vai ser preciso estudar o consumidor mais a fundo, criar e cocriar com ele.

Descobrir seus motivadores, o seu código. Aquele que faz ele abrir sorrisos de FELICIDADE, por reconhecer que faz parte de uma comunidade que o conhece e o considera parte relevante do processo, em todos os pontos dessa jornada.