O Marketing é uma das áreas mais controversas da economia do conhecimento.
A polêmica se expande inclusive aos profissionais da área, que foram batizados de Marketeiros, em associação aos famosos marketeiros que atuavam no marketing político.Quem nunca ouviu, pelo menos, uma das frases abaixo? “Isso é marketing.” “Isso é papo de marqueteiro.”
Do outro lado da mesa, posso garantir a vocês que nós, marqueteiros, passamos nossos dias em debates e estudos que desenvolvem produtos, marcas, benefícios, estética. Objetivando criar, desenvolver, embalar, precificar, distribuir, negociar, e vender produtos e serviços que despertem desejos, e ofereçam soluções efetivas para problemas e demandas reais dos consumidores, facilitando e melhorando a vida das pessoas, e que de quebra, ainda gerem FELICIDADE.
Tenho atuado na gestão de times criativos por muitos anos, em grandes empresas, e posso garantir que sonhamos diariamente em criar produtos, serviços, experiências, slogans, jingles, embalagens e textos que emocionem e resolvam problemas, melhorando a vida das pessoas, com uma jornada de relacionamento suave e sem atritos.
A minha jornada no Marketing é longa e diversa, o que me ensinou que essa variedade de experiências, setores e temas ajudam muito a construir uma base sólida para pensar um marketing ético, estético e inovador.
Parece poesia, né? E é. E a minha missão aqui é trazer também a poesia do processo.Com a tecnologia, o marketing foi ganhando também ferramentas importantes e potentes para facilitar e reduzir atritos, melhorar o acesso e a entrega dos produtos aos clientes, escalar, surpreender e principalmente conhecer melhor e muito bem o cliente.
A Pandemia chegou, e acelerou o Marketing Digital, o delivery, a captação de dados e leads, e a Inteligência Artificial.Vivemos um século, em alguns anos, e quase chegamos a acreditar que as ferramentas venceriam. Mas a verdade é que a tecnologia transformou ainda mais humanidade em diferencial. Eu continuo apaixonada e defensora da jornada, da estratégia e do relacionamento, e da tecnologia, que veio para facilitar MUITO tudo isso. Defendo o DNA e o código das marcas e produtos, como eixo principal e inegociável.
Defendo a jornada humanizada que se alia à tecnologia e permite conhecer, se relacionar e atender o cliente, da forma como ele preferir. Porém, faço um contraponto importante para nossa reflexão.
Em toda minha jornada como consumidora, nunca me senti tão anônima como me sinto hoje, ao receber diariamente mensagens, e abordagens de vendas de produtos, serviços e cursos, muitos cursos, que nunca comprei, e nem compraria. Vai ser preciso voltar alguns passos nessa jornada e olhar novamente para o cliente, sem tanta velocidade. Relacionamento é construção.
Para finalizar esse meu primeiro texto aqui no Balizah, reforço que ele não é um manifesto contra a tecnologia, contra a agilidade e todas as ferramentas excelentes que temos acesso.Esse texto é um manifesto para que não sejamos marketeiros convencendo clientes.Somos pensadores que facilitam a jornada, a experiência e a felicidade do cliente, criando produtos, serviços, marcas e relacionamentos, que possam impactar positiva e efetivamente o mundo!
