“Desejabilidade” como indicador de políticas para promover bem-estar

Tempo de leitura: 3 minutos
photocollage-relatório_Balizah

Na democracia, a expectativa dos cidadãos é que o Poder Público atue em favor do bem-estar coletivo, priorizando políticas que impactem positivamente a qualidade de vida. Embora fatores como burocracia, restrições orçamentárias e disputas políticas possam comprometer os resultados esperados, o sistema democrático permanece como o mais efetivo para buscar soluções em benefício da sociedade. Nesse contexto, a possibilidade de premiar ou punir lideranças conforme seu desempenho fortalece o engajamento cívico e a responsabilidade pública.

Uma das nossas análises produzidas nesta eleição mostrou claramente que a popularidade impacta o desempenho eleitoral. Mais precisamente, identificamos uma relação de 78% entre a avaliação da população, graças a políticas que promovem bem-estar, e a intenção de votos. Há uma dinâmica clara: quanto maior a aprovação dos eleitores em relação ao impacto das políticas públicas, maior a chance de eleição e reeleição.

Passada a eleição, apresentamos agora um estudo inédito que procurou mapear os desejos da população e como isso pode e deve ser observado como desafios para os prefeitos que vão assumir em 2025. A pesquisa  “Desejabilidade e Desafios dos Prefeitos Eleitos” mapeou as redes sociais durante a campanha eleitoral de 2024, com o objetivo de identificar os anseios da população em relação à segurança, saúde, educação, mobilidade e meio ambiente.

BAIXE AQUI O RELATÓRIO 

A metodologia considerou todos os conteúdos que tratavam desses temas e que mencionavam ao menos uma das 27 capitais brasileiras. O monitoramento se estendeu por 19 dias, capturando o debate público durante o período eleitoral. A partir dessa coleta massiva de dados, o Informa construiu o conceito de “desejabilidade”, que busca traduzir a percepção da população sobre a importância e a urgência de ações políticas em determinadas áreas.

A “desejabilidade temática”, medida em uma escala de 0 a 1, revela a intensidade do desejo da população por ações e políticas públicas em cada área. O estudo aponta que “segurança” liderou o ranking de desejabilidade, com índice de 0,24, seguida de perto por “saúde” (0,23) e “mobilidade” e “educação”, ambos com 0,21. Por último, vem “meio ambiente”, com 0,11. A percepção da desejabilidade, no entanto, não é homogênea em todo o país. O estudo identificou variações significativas entre as cidades, com a população apresentando uma visão mais positiva e otimista em alguns casos, enquanto em outros, uma maior preocupação com a falta de ações efetivas.

Para visualizar as conexões entre os temas e as diferentes realidades das cidades, a pesquisa produziu uma análise de rede, que identificou os “clusters” que agrupam as buscas por temas e localização. São Paulo emergiu como o principal polo da rede de desejabilidade, com um enfoque central na questão da segurança. Já em Brasília e Salvador, a preocupação com o meio ambiente assumiu maior relevância. Em Belo Horizonte, a ênfase recaiu sobre mobilidade e saúde, enquanto Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Recife e Fortaleza formaram um grupo com foco prioritário na saúde, evidenciando a demanda por melhores políticas públicas nessa área.

A pesquisa da Informa foi além da análise da percepção popular, investigando também como os políticos se apropriam do conceito de desejabilidade para construir seus discursos e mobilizar o eleitorado. A “desejabilidade no campo político” se manifestou de duas formas: a primeira, por meio da identificação com os anseios da população e a promessa de soluções para os problemas que geram maior preocupação; a segunda, por meio do ataque à oposição ou de crítica à ineficiência dos serviços públicos. Ao se apresentar como o “provedor de soluções”, o candidato de oposição busca firmar uma imagem de alguém capaz de resolver os problemas da população, enquanto aqueles que representam a situação buscam reforçar a ideia de realizador e de que o futuro, caso sejam eleitos/reeleitos, será de mais bem-estar.

No estudo, identificamos também o que chamamos de “gap da desejabilidade”, uma disparidade entre a percepção da população sobre as necessidades urgentes e a ação dos políticos para atender a essas demandas. Esse descompasso aponta para a necessidade de uma mudança profunda na forma como os políticos se relacionam com o eleitorado, buscando uma maior sintonia com as reais necessidades da população e construindo soluções efetivas para os desafios que afligem as cidades brasileiras. A desejabilidade, como demonstra o estudo, não se limita a um mero indicador de opinião pública, mas se traduz em um poderoso instrumento para a construção de cidades mais justas, seguras e prósperas.

BAIXE AQUI O RELATÓRIO 

Baixe nosso relatórioDesejabilidade e desafios dos prefeitos eleitos

Preencha o formulário para fazer o download do relatório.

Baixe nosso relatórioDesejabilidade e desafios dos prefeitos eleitos

Preencha o formulário para fazer o download do relatório.

Baixe nossa revistaFome, saúde e satisfação

Preencha o formulário para ler a revista

Baixe nosso relatórioPercepção de bem-estar em alta no Brasil

Preencha o formulário para fazer o download do relatório.

Baixe nossa revista4 Pilares de uma comunicação eleitoral eficiente

Preencha o formulário para ler a revista

Baixe nossa revistaFuturo e bem-estar

Preencha o formulário para ler a revista

Baixe nosso relatórioA Evolução do Bem-estar no Brasil

Preencha o formulário para fazer o download do relatório.