Em Guarulhos, ensino integral chega a 25 mil alunos

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Colagem - Período Integral

Aumento do tempo de permanência nas escolas contribui com a formação de crianças mais capacitadas, com a valorização dos talentos

A oferta de ensino em período integral está sendo acelerada em Guarulhos, na Grande São Paulo. Atualmente, cerca de 25 mil alunos da rede pública municipal estão matriculados em uma das turmas com carga horária expandida. Em 2017, quando a atual gestão assumiu a prefeitura, eram apenas 600 estudantes. Ou seja, em 7 anos o aumento de vagas ultrapassou os 4.000%.

Desde 2017 até agora, foram entregues pela gestão do prefeito Gustavo Henric Costa, o Guti, 21 escolas da rede própria e 4 CEUs (Centros de Educação Unificados). Além disso, 53 instituições parceiras foram credenciadas pela prefeitura, o que permitiu chegar ao número atual de alunos em período integral.

Ao concentrar esforços para ampliar a oferta de vagas em período integral, a Prefeitura de Guarulhos avança com o projeto de construção de uma educação pública mais robusta e abrangente.

O investimento, segundo a Secretaria Municipal de Educação de Guarulhos, vai muito além dos números. Há, de fato, um impacto real na vida dos estudantes. “Ao proporcionar atividades educativas diversificadas no contraturno das aulas, a administração não só enriquece o aprendizado, mas também oferece oportunidades para o desenvolvimento integral dos alunos”, de acordo com a secretaria.

Reforço no aprendizado

A expansão de vagas em período integral, ainda segundo o órgão municipal, não acontece de forma isolada, mas está alinhada às metas do Plano Nacional de Educação (PNE), principalmente quanto à extensão da jornada escolar. A extensão, de acordo com a Secretaria, é uma estratégia eficaz para proporcionar mais tempo de aprendizado e apoia o desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes.

De acordo com a prefeitura, ao aumentar significativamente o atendimento em período integral, a Prefeitura de Guarulhos não apenas cumpre metas, mas reforça o compromisso com a formação de cidadãos mais preparados, capacitados e engajados. Essa iniciativa não só transforma a realidade educacional local, mas também aponta para um futuro mais promissor e igualitário para as gerações futuras.

Futuro dos alunos

A educação numa perspectiva integral – que não necessariamente diz respeito apenas ao aumento da carga horária, mas também a mudanças na estrutura curricular – pode trazer efeitos muito benéficos, tanto para os estudantes quanto para a sociedade, destaca Natália Fregonesi, analista de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação.

Segundo a especialista, na educação integral, as crianças têm condições de acessar ferramentas e oportunidades de desenvolvimento pleno. Com isso, trabalham competências e habilidades que podem ajudá-las a atingir seu máximo potencial.

O ensino em período integral pode ser desafiador tanto para o poder público quanto para os estudantes, como exemplifica a analista de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação.

“Quando falamos dos estudantes mais velhos, o principal desafio pode ser a necessidade de trabalhar, o que dificulta a entrada em uma escola de tempo integral”, cita. Porém, avalia a especialista, ao olhar para as crianças, um desafio pode ser a adaptação.

“Passar de uma escola de quatro horas diárias para uma escola de, no mínimo, sete horas diárias pode ser difícil para a criança nos primeiros dias. Esse desafio, no entanto, pode ser contornado com o tempo e com a integração dos alunos nas variadas atividades oferecidas pela escola. Esse tempo a mais na escola pode, inclusive, ajudar os pais/familiares que precisam trabalhar e não teriam com quem deixar a criança”, detalha Natália.

Desperdício de talentos

Se de um lado o ensino em período integral contribui positivamente para o desempenho da criança, de outro as carências no ambiente escolar podem comprometer o seu futuro. Não faltam pesquisas que confirmam o papel da educação e como esse investimento é um fomentador de oportunidades. 

O Relatório de Capital Humano Brasileiro (RCHB), um estudo feito pelo Banco Mundial, lançado em 2022, mostra que o Brasil desperdiça seus talentos. O estudo aponta que, aproximadamente, 40% do potencial das crianças e jovens não é aproveitado como deveria. Ou seja, mesmo com o acesso à escola, a formação oferecida em sala de aula limita as conquistas dos alunos ao longo da vida.

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