Uma empresa deve deixar claras três questões que justificam sua existência: POR QUE existe? O QUE oferece? COMO oferece? Escrever sobre a abordagem do Instituto Informa, necessariamente, implica responder a essas três questões.
Ao completarmos, em dezembro de 2024, vinte e sete anos de jornada, podemos afirmar que a visão estratégica de nosso papel mudou com o tempo. Talvez seja um fruto da maturidade: aperfeiçoar a visão sobre a utilidade de nossa existência. Portanto, a seguir daremos resposta às três questões usufruindo da curva de aprendizado que nos trouxe até aqui. A maturação de nossa visão é produto de duas fontes poderosíssimas: os projetos que desenvolvemos para contratantes e a produção acadêmica, sobretudo de meus estudos acerca da relação entre produção de bem-estar e o conceito de reputação.
Alguns pontos sobre o mercado em que atuamos. Nos últimos vinte anos, o número de empresas de pesquisa cresceu exponencialmente. Por um lado, a demanda por informação aumentou – fruto da emergência de uma cultura de consumo de dados para tomada de decisão. Por outro, os mecanismos de extração de dados surgiram a reboque da ininterrupta revolução tecnológica que vivemos. No campo político, por exemplo, surgem muitas empresas e iniciativas nos anos eleitorais. Em alguns casos, para atender a demandas legítimas de campanhas; em outros, para deliberada distorção de informações com uso político. Até 2015, período em que os dados de faturamento eram abertos, o mercado brasileiro de pesquisa concentrava cerca de 80% das contratações em dez multinacionais (boa parte contratada por empresas internacionais com operação no Brasil). As empresas brasileiras, além de outras “gringas”, disputavam os 20% restantes. Apesar de os dados não serem abertos atualmente, é possível inferir que não houve muita alteração nesse quadro. As tendências mundiais evidenciam certa ausência de inovação de negócio nas empresas brasileiras – o que pode ser resultado do traço conservador dos contratantes. Diante de um cenário com tantos concorrentes, é preciso posicionar as diferenciações das ofertas. É o que faremos a seguir.
Organização e análise de informações e dados para auxiliar a promoção de bem-estar definem nossas entregas e missão. O porquê de nossa existência foi cuidadosamente definido pelas experiências que tivemos em projetos desenvolvidos para nossos clientes e pelas constatações de nossas investigações científicas. Ao descobrirmos o que mais gostamos em nossa perícia, transformamos isso em missão. Dedicamo-nos a projetos que promovam bem-estar para os públicos! Se uma empresa nos contrata para testar a reação dos clientes aos seus serviços, buscamos os fatores que mais promovem bem-estar para as pessoas. Isso vale para produtos, equipamentos e serviços públicos, planos de governos etc. Estudar o que é bem-estar para um público e como uma instituição pode produzi-lo apresenta-se como eixo central de nossa especialidade. Além de se colocar como um componente prático, emoldura a nossa razão de existir como empresa: ganham os públicos e ganham nossos contratantes, como veremos agora.
Oferecemos aos nossos contratantes o conjunto de fatores determinantes para o reconhecimento: a reputação. Esse aspecto (reputação), associado ao anterior (bem-estar), traduz nossas entregas de forma sistêmica. Diferentemente de muitas abordagens de comunicação que trabalham na perspectiva “sofistas 4.0”, dedicadas a encontrar frágeis artimanhas argumentativas para moldar uma publicidade, nossa proposta trabalha com uma abordagem densa e com fundamentos práticos e teóricos. A começar pela conceituação: a reputação não é de alguém ou de alguma coisa. É sobre alguém ou sobre alguma coisa, pois retrata o julgamento, a avaliação do(s) público(s). A reputação não é sua, é sobre você! Em parceria com profissionais de comunicação, oferecemos os elementos de bem-estar que, se entregues, potencializam o reconhecimento de quem os entrega – ou promete entregar. Essa abordagem, traduzida no livro “Reputação em dois estágios”, retrata, de forma prática, as metas de ação, de estratégia e de entregas, bem como a comunicação, a publicização e os discursos que dão contornos a todas as experiências e as transformam em algo compartilhável. O QUE oferecemos? Bem-estar para os públicos, maximização de reputação para os contratantes!
COMO fazemos isso? Praticando o que melhor define nosso DNA técnico e metodológico, ou seja, ouvindo as pessoas! Com milhares de questionários aplicados e centenas de horas de pesquisas qualitativas, regulamos nossas lupas sociológicas para analisar o que mais importa ao atender nossos clientes. Além disso, em nossos estudos avançados, além da reação das pessoas, organizamos e analisamos dados sobre as dinâmicas sociais: painel de índices, cartografias sociais, aspectos da sociologia urbana, métricas de meio ambiente etc. Essas metodologias traduzem a nossa visão acerca dos projetos que elaboramos. Em nossa visão, as pessoas estão diante de dois mundos: (1) objetivo e (2) percebido/desejado. O “mundo objetivo” envolve tudo que potencialmente força os sentidos das pessoas: cognitivo, sensório, físico. Inclui desde percepções mais tangíveis até aquelas que afetam os públicos de forma mais transversal e até inconsciente. De qualquer maneira, o “mundo objetivo” refere-se à raiz das necessidades de bem-estar. O “mundo percebido” é o interpretado pelas pessoas. Em outras palavras, os seres humanos traduzem o “mundo objetivo” a partir de um processo, a um só tempo, social, discursivo e cognitivo, resultando no “mundo percebido”. As demandas, os desejos projetados pelos públicos são diretamente derivados desse processo de interpretação do mundo. Assim, a compreensão da opinião pública exige que se enfrentem os desafios da comunicação com sagacidade e ciência, uma vez que é preciso identificar não só o que o(s) público(s) pensa(m), mas – principalmente – por que pensa(m) o que pensa(m). Com esse olhar e articulando informações sobre o mundo objetivo e o mundo percebido, fazemos associações entre o que nossos contratantes entregam e o que as pessoas esperam deles. Essa é a nossa lupa sociológica, nosso COMO FAZER.
São, portanto, dois os eixos centrais de nossa perícia em organizar e analisar informações: o bem-estar das pessoas e a reputação sobre os promotores de qualidade de vida. O primeiro é prioritário. O segundo, consequência. O primeiro, nossa missão. O segundo, nossa motivação em auxiliar aqueles que melhoram a vida das pessoas e recebem os resultados disso.
Fábio da Silva Gomes
Presidente do Instituto Informa
Sociólogo-Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Mestre em Gestão – Fundação Getúlio Vargas (Ebape/RJ)
Especialista em Comunicação Política – ECA (USP)
Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP
Membro da ESOMAR – European Society for Opinion and Marketing Research
Currículo Lattes CNPQ: https://lattes.cnpq.br/9022087533809381
Ex-consultor internacional do ILANUD/ONU – Instituto Latino-americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e do Tratamento do Delinquente