Boa alimentação e atividade física são a combinação perfeita para o bem-estar. 

 

A relação entre alimentação saudável e atividade física é fundamental para a manutenção da saúde e do bem-estar. Estudo realizado pelo Instituto Informa destaca que os brasileiros que praticam exercícios físicos regularmente dão mais importância à alimentação como um fator fundamental para a qualidade de vida.

Segundo o estudo, 94,9% das pessoas que se exercitam entre três e quatro vezes por semana acreditam que o ato de comer é essencial para o bem-estar. Esse percentual é próximo aos que praticam atividades físicas diariamente, dos quais 93,1% reconhecem a importância de uma dieta saudável.

“Quanto maior a frequência de atividades físicas, maior também a percepção de que a alimentação é muito relevante para a qualidade de vida”, diz Fábio Vasconcellos, coordenador de Dados e Projetos Acadêmicos do Instituto Informa. “São fatores associados: quem se exercita mais entende os efeitos positivos da boa alimentação, e quem faz refeições saudáveis valoriza a importância de se exercitar.”

A combinação de uma dieta equilibrada com a prática regular de exercícios físicos é uma das melhores maneiras de prevenir doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e obesidade. “A alimentação saudável ajuda a proteger contra a má nutrição e doenças crônicas, como diabetes, ataque cardíaco e câncer”, explica o médico nutrólogo Renato Lobo.

ACESSE A NOVA EDIÇÃO DA REVISTA DIGITAL DO BALIZAH

Acesso dificultado a quem não tem renda

Para muitos brasileiros, no entanto, o acesso a uma alimentação saudável e a oportunidade de praticar atividades físicas ainda são desafiadores. De acordo com o estudo, 18,7% dos brasileiros não se exercitam regularmente, e esse número é maior nas classes D e E. O sedentarismo é compartilhado por um a cada quatro entre os mais pobres, enquanto apenas 2,3% das pessoas da classe A se dizem sedentárias. Por outro lado, se 60,4% dos brasileiros da classe A praticam atividades físicas regularmente, nas classes D e E, o percentual despenca para 27,1%.

“As oportunidades de exercício, seja caminhar nas ruas e parques ou frequentar academias públicas ou privadas, são mais presentes para aqueles que têm mais condições financeiras”, observa o sociólogo Fábio Gomes. “Além disso, a gestão do tempo também afeta a prática de atividades físicas. Pessoas que ganham menos e moram mais longe dos centros urbanos enfrentam longas jornadas de deslocamento, o que reduz sua energia e disposição para o exercício.”

Os dados reforçam a importância de políticas públicas que incentivem tanto a alimentação saudável quanto a prática de atividades físicas, especialmente em regiões mais carentes. “Precisamos promover infraestrutura para atividades físicas e garantir que todos tenham acesso a alimentos de qualidade”, defende o nutrólogo Renato Lobo. “A promoção desses hábitos é fundamental para a prevenção de doenças e para a melhoria da qualidade de vida da população.”

Além disso, a educação sobre a importância da combinação entre alimentação saudável e exercício físico deve ser ampliada. “As pessoas precisam entender que esses dois elementos são complementares e que, juntos, eles potencializam os benefícios para a saúde”, afirma Vasconcellos. 

ACESSE A NOVA EDIÇÃO DA REVISTA DIGITAL DO BALIZAH